
Foi muito interessante e uma oportunidade excelente de saber o que realmente está acontecendo no setor. Estiveram presentes representantes dos órgãos municipais ambientais pertinentes, de ONG’s, de interessados em criar uma RPPN e proprietários de Reservas já existentes.
Fato é que, existe a necessidade gritante de criação de novas áreas verdes, de conservação e recuperação de tantas outras, quer seja no município de São Paulo ou em outro. Porém, os dados apresentados durante o evento deixaram dúvidas e preocupou-me particularmente e, apesar da importância de uma RPPN para o Município as notícias não são tão animadoras.
Para quem já possui uma RPPN, existem dificuldades, pois para obtenção de incentivos e captação de recursos públicos para o gerenciamento da Reserva tem ocorrido uma série de impecílios tais como: dificuldades na aprovação de projetos para a sustentabilidade da Reserva, dificuldades no ajuste e alinhamento das legislações e resoluções a serem seguidas e o mais grave: questões políticas regionais que atrapalham o desenvolvimento de implementação de atividades possíveis.
Para quem pretende registrar uma RPPN os impecílios também incomoda, pois além de saber por antecipação da problemática das Reservas já implantadas, existe a exigência de georreferenciar a área de interesse (custa caro!) e uma demora de 6 meses a 01 ano para oficializar os trâmites…isso se nenhum documento apresentado der problema.
Avaliações à parte, a idéia de ampliação do número de RPPN’s em território nacional é louvável e necessária, mas ainda precisamos de mais empenho do poder público para que possamos garantir e proporcionar aos nossos filhos e netos uma vivência ambiental em nossos biomas.
Raquel Moraes
Gestora Ambiental e Especialista em Sustentabilidade