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23.10.2010 – Começa com você!

Aconteceu em Itu, no interior de São Paulo, o mega festival SWU – Start With U, evento que reuniu arte, música e sustentabilidade. Primeiro grande festival de música com o propósito de conscientizar as pessoas sobre as questões ambientais no Brasil, o SWU levou cerca de 160 mil pessoas durante os três dias do festival.
A proposta do evento, em teoria, era levar às pessoas a idéia de diversão com conscientização ambiental. Pra isso, contou com uma estrutura gigantesca e atrações diversas: uma roda gigante movida em parte por energia motora; exposições temáticas, palestras (inexplicavelmente só para VIPS), stand de ONG’s ambientais, uma torre feita de latinhas de cerveja, energia feita por geradores, painéis de energia solar eram responsáveis por parte da energia utilizada no evento e até um re-carregador de celulares movido a bicicletas!

A coleta e triagem dos materiais recicláveis usados no evento (garrafinhas, latinhas e copos descartáveis) eram feitos instantaneamente. Latões estavam espalhados por todo o local indicando os locais corretos para depositar os resíduos. Mas, claro, foram ineficientes para a quantidade de pessoas.
Os palcos e as atrações musicais não ficaram atrás de qualquer festival lá fora. As bandas principais alternavam-se em dois palcos gigantes e muito bem estruturados, não por acaso chamados de “Água e Ar”. O próprio Sérgio Dias, dos Mutantes, uma das bandas do primeiro dia, disse que lá estava “mais bonito do que Glastonbury”, em alusão ao mega festival inglês. E tinha pra todos os gostos. A pontualidade dos shows foi louvável! Durante os três dias passaram por lá bandas como Los Hermanos, Rage Against The Machine, Kings of Lion, Joss Stone, Queens of the Stone Age, Linkin Park e muito mais!

Em relação ao sustentável, os problemas ficaram evidentes: O preço do estacionamento era abusivo. Quanto maior a quantidade de pessoas no carro, mais barato era a estadia, com a intenção de incentivar o transporte público. Mesmo assim, o festival não negociou com empresas de ônibus para que disponibilizassem maior frota para fazer a viagem até Itu. Não houve transporte coletivo entre a fazenda onde ocorria o evento e a rodoviária da cidade, o que tornou a volta do primeiro dia caótica.

Quando se fala em transporte não poluente, pensa-se em bicicleta. Mas lá, inexplicavelmente, não tinha bicicletário. Pelo preço cobrado dos ingressos, algumas ações foram inadmissíveis. Críticas a expressa proibição de entrar no festival com qualquer tipo de alimento ou água. É, isso mesmo, não era permitido a entrada de garrafas d’agua! Conclusão? No portão de entrada, uma chuva – literalmente – de salgadinhos, garrafinhas e bolachas se fez presente, das pessoas se livrando dos pertences. O que até aquele momento corria bem, de repente emporcalhou-se.

Lá dentro, não havia água filtrada disponível. A garrafinha de 300 ml era vendida por abusivos $ 4,00! Pra comer apenas fast-foods gordurosos e churrasquinhos. Os padrões de consumo também são um problema ambiental crônico.  As barracas não davam conta dos pedidos, rolava um stress e o único lanche vegetariano não estava disponível.
O engraçado é que, tomemos por exemplo um dos head liners do segundo dia, a norte americana Dave Matheus Band que, sem discursos hipócritas, faz a sua parte neutralizando o nível de CO2 emitido pela banda, ajudou a construir pontos de energia eólica nos Estados Unidos e incentiva o público que vai a seus shows a levar a própria caneca para beber água, reduzindo assim a quantidade de lixo. Eu jurava que todos que comparecessem ganhariam uma. Era o mínimo.
Foi um evento válido, e que outros como esse se tornem comum em nosso país! SWU 2011 aí vou eu! Mas da próxima, com mais atenção ao público, informações disponíveis e ações efetivas sem hipocrisia. Pra um festival que pretendia ser “verde“, ainda tem muito que amadurecer.

Fotos e textos: JP Rodrigues – Gestor e Educador Ambiental

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