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07.08.2010 – Será isso um bicho de sete cabeças?

Acostumados a tanto ler e se deparar diariamente com eles, quando falamos em meio ambiente, a primeira coisa que nos vem a mente são os problemas ambientais. Num segundo momento, a beleza das plantas, a água, o ar e o solo. Mas sabemos que o meio ambiente é, na verdade, a inter-relação entre todas as formas vivas e não vivas. Então, que tal pensarmos hoje sobre os animais?

Desde os primórdios, a carne faz parte do cardápio humano. Mas antes o homem caçava a paca ao mesmo tempo em que fugia dos tigres! Éramos caça e também caçador. Hoje, o consumo de carne é exacerbado. No Brasil, por exemplo, há mais cabeças de gado do que pessoas. E olha que estamos falando duma população, segundo o IBGE, de mais de 190 milhões de habitantes!

Mas, se antes o homem cultivava os animais pra consumo próprio ou os caçava na natureza, agora a produção é maciça. Derrubam-se florestas para fazer pastagens, introduz o boi pra engorda, entope o animal de sal e anabolizantes para forçar seu rápido crescimento e ele é abatido com requintes absurdos de crueldade. Os frangos são colocados em gaiolas onde sua única função é comer. Quem já teve galinha em casa sabe que, assim que o sol começa a se pôr, elas instintivamente vão se recolher em seus ninhos ou poleiros. Mantendo as luzes acesas, perdem a noção do tempo e comem sem parar, ficam estressadas e têm os seus bicos aparados para que não pratiquem canibalismo. Tudo com o intuito de suprir a demanda da qual nós mesmo somos responsáveis.

Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas – IPCC, a indústria da carne é responsável por 18% do total das emissões de gases de efeito estufa em todo o mundo.

Algumas ações, porém, estão surgindo para tentar lançar luz ao fato: no final de 2009, o Governo Federal, movido pela movimentação social, aprovou a Lei 12.097, que conceitua e disciplina a aplicação de rastreabilidade na cadeia produtiva das carnes bovinas e de búfalos para garantir a saúde animal e pública, mitigando o desmatamento e o trabalho escravo.

O eterno beatle Paul McCartney, juntamente com sua filha, Stela McCartney, vegetarianos convictos, fazem parte do Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais – PETA, organização não-governamental fundada em 1980.

Em agosto do ano passado, o músico propôs ao mundo o inusitado “Monday’s Free” (Segunda livre de carne), que consiste na mudança do hábito alimentar em consumí-las, tirando um dia da semana pra esta reflexão. A medida tem como meta conscientizar as pessoas para rever seus hábitos alimentares, contribuindo para diminuir a evolução do efeito estufa e o próprio consumo e abatimento dos animais.

Segundo a crença cristã, durante as comemorações de Páscoa, não se deve comer carne durante os 40 dias do período conhecido como quaresma. Embora isso não tenha nada a ver com a proteção aos animais, sugere a reflexão sobre os hábitos alimentares. Já algumas religiões, como o hinduísmo, pregam o não consumo.

O homem também veja você, chega ao cúmulo de maltratar e matar animais por puro sadismo. Nesta semana, a região espanhola da Cataluña foi a primeira, numa decisão histórica, a proibir as tradicionais – e cada vez mais mal vistas – touradas.

Motivada pelo apelo popular e também, talvez, pelo mais grave acidente já registrado – o vídeo circula livremente pela internet – onde um dos mais renomados toureiros da Espanha leva uma chifrada no pescoço que vara a garganta e sai pela boca. Foi uma cena estarrecedora.

Gandhi disse certa vez que “as nações são julgadas pela maneira como tratam suas minorias e seus animais“. Sendo assim, é hora de cada um de nós começarmos a olhar duma maneira mais humana esses seres, que nada mais são do que nossos vizinhos neste planeta do qual eles também são filhos e devem ter os seus direitos respeitados.

JP Rodrigues é Gestor e Educador Ambiental em Sorocaba/SP
Seu twitter é @jperre

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